REVIVA [ ENSAIOS ]
Por Bia Marcelino
Chegamos em um mundo real, difícil de transmitir essa realidade em palavras, que até nos falta paciência para explicar e tentar encontrar maneiras de dizer, tal mundo real que marca profundamente nossa alma.
Um mundo que nos tira o ar, congela nossos valores e conceitos atuais para serem revisados quando voltarmos pra casa. Um mundo que nos dá um novo fôlego, fôlego que arde e queima: a esperança. A esperança que somos nós, uns para os outros.
A África regenera as palavras e relacionamentos que hoje já perderam os seus sentidos, deixamos de usá-las em vão. O nada é nada, água é água, fome é fome, amor é transcender sob suas vontades e deleite por alguém, e sim, ainda é possível.
Somos nós, humanos, que possuímos o maior poder: poder de ser gente para outra gente ou de permitir que COISAS ultrapassem o valor das pessoas.
E, afinal, onde está o nosso contentamento?
Há quem diga que o contentamento mais profundo da nossa alma, está na fome mais profunda, isso é: ser o alimento;
Educar uma mente, lutar por justiça e igualdade, ser a voz, matar a fome…
Nampula, nosso coração está alojado em teu povo, agora: nosso povo!
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A quarta expedição humanitária realizada pela ONG Reviva para África (Moçambique-Nampula) aconteceu de 23 de outubro a 3 de novembro. Esse ano além dos atendimentos médicos e odontológicos em 5 vilas diferentes, foi iniciada a construção da Pipela Reviva School em Meconta, que em 2018 começará as suas atividades. O foco da escola será a alfabetização em português para as crianças da comunidade.